Para entendedores de metáforas, ou usuários de entorpecentes.

sábado, 21 de outubro de 2017

O que você vê

Minha córnea amassada
maldita pupila irada
Minhas veias irritadas
com as pedras jogadas
Meu lábio tremolo
úmido
em minha fala atada
agora desça, vá mais mais adiante
olhos cortantes
pensamentos errantes
não venha com falácias
da sua consciência
lotada de plástica
essa hipocrática
enganação
reflexos da alienação
exerga só corpo
onde algo mais reside
é como ver o sol
sem conhecer o calor
algo tão esplendor
critica o que o certo não existe
Em uma verdade imbutida
meu corpo tens alma
uma que agora está aturdida
com cicatrizes e novas feridas
agora sinta
o que eu não ligo em sentir
minha pele macia
a te subrir
é tão repulsante
esse pensar maçante
que me paralisa
tenho algo a mais
tipo Monalisa
não sou apenas imagem...




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